sábado, 19 de dezembro de 2015

Sendo Catarina



Catarina fazia cócegas na vida, mas ela ainda assim não voltava a sorrir para ela. A menina queria que aquela tempestade de sentimentos e acontecimentos ruins passasse logo, não aguentava mais tanta gente vazia e dias cinzas. 

Catarina queria trazer de volta o sorriso frouxo e olhar carinhoso que sempre cultivou para si. Entretanto, mesmo procurando desesperadamente entre noites e manhãs seguidas, ela sabia que o tesouro escondido dificilmente seria encontrado. Afinal, talvez ele nunca estivera escondido de fato. 

Catarina cresceu alguns centímetros desde a última vez que apareceu por aqui. Seu amigo imaginário já não é tão imaginário assim. Ela o conheceu na biblioteca pública da cidade, durante uma visita com sua turma de colégio. Ele gosta de ler gibis. 

Catarina tenta diariamente permanecer forte e segura, porém só ela sabe o quanto são doloridas as lágrimas que lhe fazem companhia durante a noite. Ela tem vivido dias difíceis. 

Catarina tá aí, sendo Catarina. Aprendendo a ser Catarina. Fazendo “catarinisses”...  Qualquer dia ela volta aqui outra vez para falar “catarinês”.  


Obrigada, pela paciência!

Besitos!
 
por Ranna Botelho

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